O Conselho Cultural do Japão recomendou após 70 anos a adoção do sistema de romanização ‘hebon-shiki’ para a escrita romanizada do japonês, visando alinhar-se com padrões globalmente reconhecidos
Em um movimento histórico, o Conselho Cultural do Japão decidiu adotar o sistema de escrita romana ‘hebon-shiki’ como padrão para a escrita romanizada do japonês, marcando a primeira grande revisão em aproximadamente 70 anos. A decisão será implementada no currículo educacional ainda este ano, afetando diretamente o ensino nas escolas primárias.O sistema ‘hebon-shiki’, mais alinhado com a pronúncia inglesa, substituirá o método ‘kunrei-shiki’ nos currículos escolares como base para a romanização. Exemplos incluem a transcrição de ‘ち’ como ‘chi’ em vez de ‘ti’, ajustando-se assim a padrões que são reconhecidos internacionalmente.
A proposta, apresentada ao Subsecretário de Educação, Yasushi Noguchi, pontua que o ‘kunrei-shiki’ não teve uma aceitação ampla e propõe que se consolide o uso do ‘hebon-shiki’, já familiar a uma grande parte da população. Além disso, para sons prolongados como em ‘kāsan’, será permitida a opção de usar um traço horizontal ou duplicação da vogal.
Entretanto, a transcrição de algumas palavras, como ‘Tokyo’, permanecerá inalterada, reconhecendo termos que já estão profundamente enraizados tanto no uso local quanto internacional.
A origem da discussão sobre a romanização data da Era Meiji, com o surgimento dos métodos ‘hebon-shiki’ e ‘kunrei-shiki’. Atualmente, a mescla dos sistemas persiste, devido à antiga decisão governamental de 1954, que formalizou o uso do ‘kunrei-shiki’. Contudo, o uso cotidiano, especialmente em contextos internacionais, sempre favoreceu o ‘hebon-shiki’.
As novas diretrizes visam padronizar a romanização japonesa, considerando a prevalência e a receptividade internacionais, promovendo maior consistência e facilidade de uso em contextos globais.
Fonte: Portal Mie com NHK