A posição do Japão é a pior no leste da Ásia e Pacífico
O Japão não é uma referência na política de gênero no mundo. No ranking relativo ao tema neste ano, o país ficou em 116º lugar entre 146 nações, divulgou na quarta-feira (13) o Fórum Econômico Mundial, publicou a Kyodo News.O documento elaborado pelo Fórum mostrou que a participação feminina na política e economia no Japão continua baixa. Mas nos itens educação e acesso à saúde o país obteve altas pontuações.
No quesito igualdade de gênero o Japão estava em 120º lugar entre 156 países no ranking do ano passado.
Na Ásia, as Filipinas continuam muito à frente do Japão e de outros países, estando em 19º lugar, enquanto a Coreia do Sul ficou em 99º e a China em 102º lugar.
Dentro do G-7, grupo dos países mais ricos do mundo, outro membro mal classificado é a Itália, com a 63ª posição no ranking. Os outros países do G-7 - Alemanha, França, Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos - ficaram entre 10º e 27º.
O porta-voz do governo japonês, Hirokazu Matsuno, comentou o seguinte: "O resultado mostra que o Japão está atrás de outras nações e devemos aceitar isso com humildade."
A referência utilizada no estudo varia entre 0 e 1, sendo 1 a paridade total entre homens e mulheres. O índice rastreia as disparidades entre os sexos, não os recursos à disposição das mulheres.
A Islândia continua em primeiro lugar no ranking pelo 13º ano consecutivo, com pontuação de mais de 0,9. Finlândia, Noruega, Nova Zelândia e Suécia preencheram os cinco primeiros. Com exceção da Noruega, todos os outros países de alto escalão são liderados por mulheres primeiras-ministras.
O relatório do Fórum Econômico Mundial trata sobre o progresso em direção à igualdade de gênero na economia, política, educação e saúde, e observou que apenas 9,7% dos parlamentares no Japão são mulheres, enquanto apenas 10% dos cargos ministeriais são ocupados por elas. O Japão nunca teve uma primeira-ministra.
O levamento mostrou que a proporção de mulheres que trabalham meio período é mais que o dobro da dos homens e a renda média das mulheres japonesas é de apenas 57% do que um homem ganha.
Matsuno disse que essa é uma das frentes abraçadas pelo premiê Fumio Kishida: "Vamos tornar obrigatório (para as empresas) divulgar informações sobre diferenças salariais de gênero, treinar mais mulheres no campo digital e aumentar os salários para pessoas que trabalham em setores com muitas funcionárias, como saúde e cuidado a idosos e crianças."
Para o Fórum levará 132 anos para fechar completamente a lacuna global relacionada a gênero.
Fonte: Alternativa