Se a revisão entrar em vigor, eles terão permissão para renovar visto e trazer suas famílias
De acordo com uma lei que entrou em vigor em 2019, uma categoria de "trabalhadores qualificados especificados" em 14 setores como agropecuária, construção e saneamento pode permanecer por até cinco anos, mas sem seus familiares.
O governo vinha procurando amenizar essas restrições, que foram citadas pelas empresas como uma das razões pelas quais elas hesitaram em aderir ao sistema.
Se a revisão entrar em vigor, esses trabalhadores - muitos do Vietnã e da China - terão permissão para renovar seus vistos indefinidamente e trazer suas famílias com eles, como a outra categoria de estrangeiros mais qualificados tem permissão para fazer agora.
O porta-voz do governo Hirokazu Matsuno enfatizou, no entanto, que qualquer mudança não significaria residência permanente automática, o que exigiria um processo de inscrição separado.
A imigração tem sido um tabu no Japão, já que muitos prezam a homogeneidade étnica, mas a pressão aumentou para abrir suas fronteiras devido a uma grave escassez de mão de obra devido à sua população cada vez menor e envelhecida.
"À medida que a redução da população se torna um problema mais sério e se o Japão deseja ser visto como uma boa opção para trabalhadores estrangeiros, ele precisa mostrar que possui a estrutura adequada para recebê-los", disse Toshihiro Menju, diretor administrativo do Centro para Intercâmbio Internacional do Japão.
A lei de 2019 pretendia atrair cerca de 345 mil "trabalhadores qualificados específicos" ao longo de cinco anos, mas o número oscilou em cerca de 3 mil por mês antes que a pandemia de Covid-19 selasse as fronteiras, de acordo com dados do governo.
No final de 2020, o Japão abrigava 1,72 milhão de trabalhadores estrangeiros, de uma população total de 125,8 milhões e apenas 2,5% de sua camada ativa.
Fonte: Alternativa com Reuters
