quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Japão vai oferecer bolsas de estudo para formação de pilotos

Companhias aéreas do país estão enfrentando falta de profissionais
O governo japonês, as companhias aéreas nacionais, universidades privadas e escolas técnicas decidiram cooperar em um novo projeto: a criação de bolsas de estudo para a formação de pilotos.

O motivo é claro. Nos últimos anos, as empresas estão enfrentando queda no número de trabalhadores capacitados a atuar como pilotos e as consequências já estão aparecendo.

Segundo uma reportagem da emissora NHK, a companhia área Air Do, de Hokkaido, por exemplo, já anunciou o cancelamento de 60 voos este mês e em fevereiro do próximo ano por falta de pilotos.

A introdução de novas empresas de baixo custo (LCC) no país e o aumento das linhas aéreas também têm provocado um crescimento da demanda por esses profissionais. No entanto, a formação nas universidades e escolas especializadas não tem sido suficiente para suprir a necessidade deste mercado.

O novo sistema de bolsas deve entrar em vigor a partir do próximo ano fiscal (abril de 2018) e irá beneficiar estudantes de seis universidades privadas e escolas técnicas (senmongakkou) que são especializadas em treinamento de novos pilotos.

Uma organização administrativa foi criada para controlar as bolsas, que devem funcionar como um sistema de crédito educacional. O projeto consiste em garantir um auxílio de ¥5 milhões por estudante e o dinheiro poderá ser devolvido mais tarde sem juros.

Os recursos serão obtidos através de grandes empresas de crédito e os custos de garantia serão pagos pelas companhias e universidades. A ajuda poderá beneficiar 25 estudantes por ano letivo.

O reitor da Universidade J. F. Oberlin de Tóquio, Toyoshi Sato, se mostrou animado com a introdução do novo sistema.

“Os estudantes que desistiram de se tornar pilotos devido aos altos custos de ensino terão uma chance agora. Queremos cooperar com as companhias aéreas para lançar no mercado excelentes profissionais”, comentou em entrevista para a NHK.
Fonte: Alternativa