Segundo uma pesquisa, 35% das instituições médicas de emergência tiveram contas não pagas por estrangeiros
Os hospitais no Japão estão achando difícil lidar com estrangeiros sem
condições de pagar grandes contas porque o governo não estabeleceu um
sistema apropriado para fornecer tratamento médico a visitantes
estrangeiros.
O governo está adotando medidas como incentivar os
estrangeiros a fazer seguro de viagem e ajudar instituições médicas a
atender pacientes estrangeiros em vários idiomas.
O Hospital de
Medicina Ortopédica de Iwai, no distrito de Edogawa (Tóquio), que tem a
maior população de residentes chineses de todas os 23 distritos da
capital japonesa, é uma instalação de médio porte que aceita
proativamente pacientes estrangeiros.
Hisashi Koga, vice-diretor
do hospital, examinou recentemente um chinês que seria submetido a uma
cirurgia. "Não se preocupe", disse Koga ao paciente. O homem então
sorriu, parecendo aliviado.
Computadores tablet equipados com um
aplicativo de tradução foram implantados em salas de consulta e de
exames. O hospital também tem um contrato com uma agência que oferece
intérpretes via telefone e até contratou um auxiliar de enfermagem
chinês.
De acordo com funcionários do hospital, muitos de seus
pacientes estrangeiros são residentes permanentes, mas também há aqueles
que visitam o Japão com o objetivo de se submeter à cirurgia.
"Por
causa do declínio da população, é difícil para os hospitais
sobreviverem a menos que aceitem pacientes estrangeiros", revelou Koga
ao jornal Mainichi.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2016
pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, 35% dos hospitais de
emergência em todo o país tiveram contas não pagas por pacientes
estrangeiros. Isso ocorre principalmente porque há muitos hospitais que
não aceitam cartões de crédito, e os turistas tendem a não carregar
muito dinheiro.
De acordo com uma pesquisa conduzida pela Agência
de Turismo do Japão, cerca de 30% dos visitantes estrangeiros não fazem
apólices de seguro de viagem.
"O Japão se considera um país
orientado para o turismo, mas não estabeleceu um sistema adequado para
os visitantes", disse Koichi Hagiuda, secretário-geral executivo do
Partido Liberal Democrata.
Seguindo suas recomendações, o governo
iniciou esforços para encorajar as instituições médicas a aceitar
pagamentos com cartão de crédito e incentivar os visitantes a fazer
apólices de seguro de viagem.
Fonte: Alternativa
sexta-feira, 27 de julho de 2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Críticas ao recém iniciado visto para yonsei
À medida que começa a procura para aplicação ao novo visto, voltado para yonsei, há críticas às restrições impostas
O novo visto específico para o descendente de quarta geração chamado de yonsei foi autorizado pelo governo japonês a partir deste mês. Desde que seja descendente pode ser aplicado no Brasil e nos demais países onde os japoneses imigraram, permitindo trabalhar no Japão. Porém, com restrições e condições.
Na capital paulista, uma agência que providencia a documentação recebeu a visita de uma yonsei. Cristiane Ouji, 20, tem bisavós japoneses. Dos 6 aos 12 anos viveu em Higashiomi (Shiga), levada pelos seus pais. Tornou-se fã da cultura e do país. Tanto que pensa em voltar com a liberação do novo visto.
Visitou a agência de Cori Passos, 43 anos. Lá deu uma entrevista para a Kyodo. Cristiane está grávida e, se quiser voltar ao arquipélago, não poderá trazer o bebê. “Gostaria que meu filho recebesse a mesma educação que tive lá. Espero que relaxem essa condição”, manifestou.
Passos critica “para os brasileiros é muito importante que a família fique junta”.
Mais críticas
Há descendentes de quarta geração criados no Japão e de volta ao Brasil não conseguem se comunicar em português e não se adaptam à cultura pátria.
Várias entidades que dão apoio e conhecem essa realidade de perto entregaram um manifesto para a Embaixada do Japão em junho de 2016, solicitando visto para o yonsei.
Esse foi o gancho para o governo japonês se sensibilizar, segundo a agência Kyodo.
As entidades agora pedem que o novo sistema tenha as mesmas condições do visto para sansei, ou de terceira geração. Pedem a inclusão do gosei, ou de quinta geração. Também pedem relaxamento na questão da limitação de idade, atualmente de 18 a 30 anos. Afinal, segundo as entidades há pelo menos 150 mil descendentes de quarta geração com idade superior a 30 anos.
A presidente do Bunkyo-Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, Harumi Goya se manifesta. “A criação do novo sistema foi boa, mas a imposição do conhecimento do idioma de nível 4 é difícil. Isso dificulta para o yonsei”, avalia.
Materiais explicativos em português e outros idiomas
Para compreender e se aplicar, há materiais em PDF produzidos pelo governo japonês, em português. Clique sobre os tópicos e será dirigido para a página web.
- Explicação sobre o novo visto
- Manual para o yonsei
- Manual para quem vai recepcionar o yonsei
Caso prefira ler tudo em japonês, clique aqui e será direcionado para a página web do Ministério da Justiça que explica detalhadamente.
Fonte: Portal Mie com Kyodo
O novo visto específico para o descendente de quarta geração chamado de yonsei foi autorizado pelo governo japonês a partir deste mês. Desde que seja descendente pode ser aplicado no Brasil e nos demais países onde os japoneses imigraram, permitindo trabalhar no Japão. Porém, com restrições e condições.
Na capital paulista, uma agência que providencia a documentação recebeu a visita de uma yonsei. Cristiane Ouji, 20, tem bisavós japoneses. Dos 6 aos 12 anos viveu em Higashiomi (Shiga), levada pelos seus pais. Tornou-se fã da cultura e do país. Tanto que pensa em voltar com a liberação do novo visto.
Visitou a agência de Cori Passos, 43 anos. Lá deu uma entrevista para a Kyodo. Cristiane está grávida e, se quiser voltar ao arquipélago, não poderá trazer o bebê. “Gostaria que meu filho recebesse a mesma educação que tive lá. Espero que relaxem essa condição”, manifestou.
Passos critica “para os brasileiros é muito importante que a família fique junta”.
Mais críticas
Há descendentes de quarta geração criados no Japão e de volta ao Brasil não conseguem se comunicar em português e não se adaptam à cultura pátria.
Várias entidades que dão apoio e conhecem essa realidade de perto entregaram um manifesto para a Embaixada do Japão em junho de 2016, solicitando visto para o yonsei.
Esse foi o gancho para o governo japonês se sensibilizar, segundo a agência Kyodo.
As entidades agora pedem que o novo sistema tenha as mesmas condições do visto para sansei, ou de terceira geração. Pedem a inclusão do gosei, ou de quinta geração. Também pedem relaxamento na questão da limitação de idade, atualmente de 18 a 30 anos. Afinal, segundo as entidades há pelo menos 150 mil descendentes de quarta geração com idade superior a 30 anos.
A presidente do Bunkyo-Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, Harumi Goya se manifesta. “A criação do novo sistema foi boa, mas a imposição do conhecimento do idioma de nível 4 é difícil. Isso dificulta para o yonsei”, avalia.
Materiais explicativos em português e outros idiomas
Para compreender e se aplicar, há materiais em PDF produzidos pelo governo japonês, em português. Clique sobre os tópicos e será dirigido para a página web.
- Explicação sobre o novo visto
- Manual para o yonsei
- Manual para quem vai recepcionar o yonsei
Caso prefira ler tudo em japonês, clique aqui e será direcionado para a página web do Ministério da Justiça que explica detalhadamente.
Fonte: Portal Mie com Kyodo
Assinar:
Postagens (Atom)