quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Taxa de aposentadoria sobe no Japão para trabalhadores com alta renda

 O país tem adotado medidas para garantir o benefício a todas as pessoas com direito

Taxa de aposentadoria
A partir de quinta-feira (1º de outubro), os trabalhadores que têm renda superior a ¥635 mil por mês pagarão uma contribuição maior para o sistema de previdência do Japão, informou a emissora Fuji TV.

Os assalariados inscritos no shakai hoken (seguro social da empresa) contribuem automaticamente para o kousei nenkin (previdência de trabalhadores). O aumento a partir de outubro será de ¥2.745 por mês.

A contribuição para o shakai hoken, cuja taxa equivale a 18,3% do salário, é paga meio a meio pelo trabalhador e pelo empregador.

Mas a taxa de contribuição se torna fixa para quem ganha mais de ¥605 mil por mês, ficando em ¥56.730 (valor pago pelo trabalhador).

Em outubro, a taxa de contribuição fixa subirá para ¥59.475, um aumento de ¥2.745 por mês. Futuramente, quando o trabalhador se aposentar, o valor do benefício deve subir na mesma proporção do reajuste, segundo o site Financial Field.

O Japão tem adotado medidas para garantir aposentadoria a todas as pessoas com direito a esse benefício, em meio ao envelhecimento da população e à diminuição do nascimento de crianças no país.

Uma dessas medidas foi o aumento do imposto sobre consumo (shouhizei), de 8% para 10%, em outubro do ano passado. O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, disse que não haveria necessidade de um novo reajuste do imposto nos próximos 10 anos.
Fonte: Alternativa

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Índice de confiança de grandes empresas japonesas é positivo após queda de infecções por coronavírus

 Um funcionário do governo disse que o resultado mostrou que as condições de negócios estão melhorando em vários setores

empresas japonesas

A expectativa entre as grandes empresas japonesas no período de julho a setembro ficou positiva pela primeira vez em um ano, se recuperando de uma queda devido ao impacto econômico da pandemia de coronavírus, revelou uma pesquisa do governo na sexta-feira (11).

Segundo a Kyodo News, o índice de confiança que cobre as empresas capitalizadas em 1 bilhão de ienes ou mais ficou em mais 2,0 no terceiro trimestre de 2020, ante menos 47,6 no período de abril a junho, de acordo com a pesquisa conjunta do Ministério das Finanças e do Gabinete do Governo.

O resultado refletiu a retomada gradual da atividade econômica em todo o país, após o fim do estado de emergência no final de maio, quando ainda vigorava o isolamento social e os negócios não essenciais suspenderam suas operações.

Declarada pela primeira vez para Tóquio e seis outras áreas no início de abril, a emergência do vírus foi um duro golpe para a terceira maior economia do mundo, com a leitura no segundo trimestre deste ano marcando a mais baixa desde o primeiro trimestre de 2009, quando chegou a menos 51,3 na sequência da crise financeira global.

O índice caiu por três trimestres consecutivos desde o período de outubro a dezembro do ano passado, quando menos 6,2 foi registrado após um aumento da taxa de imposto sobre o consumo de 8 por cento para 10 por cento em 1º de outubro.

Os resultados da última pesquisa também exibiram uma lacuna de sentimento entre as empresas, com o índice para as pequenas capitalizado em 10 milhões de ienes ou mais, mas menos de 100 milhões de ienes permanecendo negativos, apesar de sua melhora para menos 25,8 no trimestre de menos 61,1 no período anterior.

Para empresas de médio porte com capitalização de 100 milhões de ienes ou mais, mas menos de 1 bilhão de ienes, o índice ficou em menos 8,1. Foi menos 54,1 em abril-junho.

Os índices são calculados subtraindo a porcentagem de empresas que relatam piora nas condições daquelas que observam melhorias.

"O resultado mostrou que as condições de negócios estão melhorando em vários setores, especialmente fabricantes de automóveis e operadoras de restaurantes, hotéis e serviços de transporte", disse um funcionário do governo a jornalistas.

“O número (entre as grandes empresas) tornou-se positivo, mas acreditamos que ainda estão sofrendo com as repercussões da pandemia”, acrescentou o responsável.

Por setor, o índice dos grandes fabricantes foi de mais 0,1, acima de menos 52,3 e ficando positivo pela primeira vez em sete trimestres. 

Recuperações notáveis foram observadas no sentimento de fabricantes de automóveis e peças automotivas e fornecedores de equipamentos de informação e telecomunicações.

O índice para grandes fabricantes ficou em mais 2,9, acima de menos 45,3, com o oficial dizendo que mais pessoas jantaram e fizeram viagens depois que os pedidos de permanência em casa e as recomendações contra viagens entre províncias foram suspensas em maio e junho, respectivamente, beneficiando os operadores de serviço.

Olhando para o futuro, o índice que prevê as condições de negócios para grandes empresas nos três meses até dezembro é de mais 2,9, e o do trimestre seguinte é de mais 2,4.

A pesquisa cobriu 14.102 empresas com capitalização de 10 milhões de ienes ou mais, das quais 11.221, ou 79,6 por cento, responderam à pesquisa até 15 de agosto.
Fonte: Alternativa